O Vento

 

 

 

Porque não há nada em vez de tudo? – perguntou
o cientista. – Tudo me cansa:
a tentativa, o esforço, o consegui-lo.
Tudo é redondamente inútil:
o desejo, o seu decesso.
O confronto de ideias então
apavora-me. Até mesmo a ideia de
começar a falar,
a indústria de se ganhar algo, o movimento
são desgastantes antes de si.
Tudo é absolutamente a mesma coisa.
Nada conquista nada.
O vento é.

 

 

Daniel Jonas

 

 

 

 

 

 

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