Campos e o grande mito do progresso industrial

 

 

 

Vejo Campos de visita a Paris ou a uma qualquer grande capital, – Nova Iorque, Londres, Berlim – sem talvez nunca ter deixado o Chiado; vejo mesmo Campos de visita a Paris.

Toma um café à mesa com Céline, Walser, Pound… O grande relógio toca ao longe, enquanto os estrangeiros todos bebem cervejas frecas e levam uma vez mais o cigarro à boca.

O tempo passou, é aquela estação outra vez, os pássaros voltam. Mas o homem dá um passo sobre a terra e depois dá outro e depois outro, depois outro, outro.

 

revoluções aqui, ali, acolá

 

Ó engrenagens, o ruído eterno – hei-de deixar que aquela fúria vos alcance –

 

E afinal têm alma lá dentro ?

 

 

Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!, Ah! Como eu irei alegremente morrer às gargalhadas!

 

E um parlamento tão belo como uma borboleta

 

Sim, o Caeiro, o das estações, leu Diógenes, o cínico, e foi até à montanha com os cães

 

 

Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais.

 

 

 

 

Eia! eia! eia!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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